Felipe Rezende

Salvador, Brasil, 1994.
Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.

Felipe Rezende, artista visual, dedica sua prática à interseção entre desenho, pintura e suas expansões contemporâneas. Felipe Rezende constrói sua trajetória explorando o cotidiano e seus elementos constituintes, com ênfase nas relações que envolvem o trabalho braçal. Suas criações, realizadas predominantemente em lonas de caminhão, pedaços de pneus e objetos encontrados em ambientes urbanos, apresentam uma estética que combina narrativas acumuladas e a materialidade densa desses suportes, resultando em composições que transitam entre o documental e o poético. O pintor e desenhista dialoga diretamente com as histórias implícitas nos materiais que utiliza, conferindo profundidade às suas obras.

A pesquisa do artista brasileiro investiga imaginários do trabalho, conectando ferramentas, espaços e memórias ligadas ao fazer manual. Esses elementos são entrelaçados em criações que desafiam as fronteiras entre ficção e realidade, enquanto constroem arranjos visuais que evocam o onírico e o testemunhal. Rezende utiliza elementos extrínsecos para explorar narrativas do cotidiano brasileiro, apresentando-as de forma visualmente impactante. Assim, o criador revela e reflete sobre as complexas interações sociais e materiais que estruturam a vida diária, consolidando seu lugar como um intérprete visual das dinâmicas contemporâneas.

Confira o trabalho de Felipe Rezende no Viewroom da Galeria Leme

EXPOSIÇÕES

As exposições individuais de Felipe Rezende destacaram-se por sua abrangência nacional e internacional, além de consolidarem sua relevância como um dos artistas mais promissores de sua geração. Em 2024, sua obra foi celebrada no Centro Cultural São Paulo, com a exposição Lonjuras, que explorou temas de deslocamento e conexões humanas, reafirmando sua habilidade de abordar questões universais a partir de contextos locais.

Em 2023, sua produção artística foi amplamente reconhecida com a mostra O último buritizeiro, exibida na Galeria Leme, em São Paulo, e Sonho, queda livre, apresentada pela RV Cultura e Arte, em Salvador. Ambas as exposições enfatizaram o diálogo de Rezende com a materialidade de suas obras e suas narrativas sobre identidade e memória cultural. No mesmo ano, o artista foi laureado com importantes prêmios, que validaram sua crescente influência no cenário artístico contemporâneo.

Em 2022, Long is the Road foi exibida na Jack Bell Gallery, em Londres, marcando uma expansão significativa de sua carreira para o público internacional. Essa exposição trouxe uma nova dimensão à sua obra, introduzindo temas de mobilidade e pertencimento em um contexto global. Anteriormente, em 2019, Ladeira da fonte, apresentada na Mouraria 53, em Salvador, trouxe um olhar sensível sobre o cotidiano e a riqueza cultural local, firmando sua conexão com a herança brasileira.

A trajetória de Felipe Rezende não se limita às exposições, mas também é marcada por reconhecimentos importantes no meio artístico. Seus prêmios reforçam o impacto de sua obra, que transita com excelência entre o regional e o global. Assim, suas exposições individuais têm sido não apenas uma plataforma para apresentar sua visão única, mas também uma confirmação de seu lugar de destaque no cenário artístico contemporâneo.

 

Formação

  • 2020 – Bacharelado em Artes Plásticas, Universidade Federal da Bahia, Bahia, Brasil

Exposições Individuais

  • 2024 – Lonjuras, 33º Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, São Paulo, Brasil
  • 2023 – O último buritizeiro (curadoria de Tiago Sant’Ana), Galeria Leme, São Paulo, Brasil
  • 2022 – Sonho, queda livre, RV Cultura e Arte, Bahia, Brasil
  • Long is the Road, Jack Bell Gallery, Reino Unido
  • 2019 – Ladeira da Fonte, Mouraria 53, Bahia, Brasil

Exposições Coletivas

  • 2025 – Estalo – 14ª Bienal do Mercosul, Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão, Brasil
  • Estalo – 14ª Bienal do Mercosul, Centro Cultural Vila Flores, Porto Alegre, Brasil
  • 2024 – 31ª MAJ – Mostra de Arte da Juventude (curadoria de Camila Fontenele e Tiago Gualberto), Sesc Ribeirão Preto, Ribeirão Preto/SP, Brasil
  • 28º Salão Anapolino (curadoria de Paulo Henrique Silva), Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis/GO, Brasil
  • 66º Salões de Artes Visuais da Bahia, Casa Amarela, Barreiras/BA, Brasil
  • Quase Árido (curadoria de Uriel Bezerra), RV Cultura e Arte, Salvador/BA, Brasil
  • Arte Imprópria (curadoria de Gabriel Ferreira Zacarias), Biblioteca de Obras Raras Fausto Castilho, Campinas/SP, Brasil
  • Último lote (curadoria de Daniel Rangel), Museu de Arte Contemporânea da Bahia, Salvador/BA, Brasil
  • O diálogo criativo das materialidades (curadoria de Gabriela Sá e Cecília Ribeiro), Magalhães e Gouvêa Escritório de Arte, São Paulo/SP, Brasil
  • Polissemia Política (curadoria de Danillo Villa e Michelle Sommer), Divisão de Artes Plásticas da Universidade Estadual de Londrina/PR, Brasil
  • Prefiro não (organização de João Livra e Silvio De Camilis), Quase Espaço, São Paulo/SP, Brasil
  • Salón ACME No. 11, Proyectos Públicos, Cidade do México/DF, México
  • 2023 – Memórias para Dona Antônia, Acervo da Laje, Salvador, Brasil
  • Essas pessoas na sala de jantar (curadoria de Raphael Fonseca), Casa Museu Eva Klabin, Rio de Janeiro, Brasil
  • 48º SARP, Museu de Arte de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
  • Los gestos del trabajo (curadoria de Benedetta Casini e Clarisa Appendino), BienalSur, Espacio Ente de Cultura, Sala Lola Mora, Argentina
  • O corpo invisível da memória (curadoria de Tainá Azeredo e Valquíria Prates), Museu da Inconfidência, Minas Gerais, Brasil
  • Figura Insólita (curadoria de Uriel Bezerra), RV Cultura e Arte, Bahia, Brasil
  • Intelecto Agente (curadoria de Pedro Vaz), Grêmio Operário de Coimbra, Portugal
  • 2022 – 64ª Salão de Artes Visuais da Bahia, Museu de Arte Moderna da Bahia, Bahia, Brasil
  • Aos pés do Caboclo, Luta, Centro de Cultura Vereador Manuel Querino (curadoria de Joyce Delfim e Nathan Gomes), Bahia, Brasil
  • Encruzilhada (curadoria de Ayrson Heráclito e Daniel Rangel), Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, Bahia, Brasil
  • 2021 – Ocupação do Beco, Beco dos Artistas, Bahia, Brasil
  • 2020 – 7º Prêmio EDP nas Artes, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil
  • Polissemia Política (curadoria de Michelle Sommer e Danilo Villa), Arte Londrina 8, Paraná, Brasil
  • 2019 – CARVÃO, Museu Nacional da Cultura Afro Brasileira, Bahia, Brasil
  • Processos em Trânsito [O Livro de Artista], Museu de Arte da Bahia, Bahia, Brasil
  • RASGO – Residência/Exposição, Galeria Cañizares, Bahia, Brasil
  • Ficción de lo Cotidiano, Centro Cultural Brasil México, México
  • 2018 – Incubadora de Publicações Gráficas, RV Cultura e Arte, Bahia, Brasil
  • Leituras e Feituras: O Livro de Artista 2018, Cooperativa de Actividades Artísticas, Portugal
  • MARÉ: Muestra Artistica Releituras Estéticas (curadoria de Juci Reis e José Vázquez), Centro Cultural Brasil México, México
  • 2017 – 3º Mostra Gráfica (curadoria de Evandro Sybine e Raoni Gondim), Museu de Arte Moderna da Bahia, Bahia, Brasil
  • Livro.SSA, Centro de Memória do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, Bahia, Brasil
  • Mostra Linha, Centro Cultural Brasil México, México
  • S/Título, ICBA Goethe Institut Salvador, Bahia
  • 2015 – MESA/FLOTAR, Palacete das Artes, Bahia, Brasil

Prêmios

  • 2024 – 66º Salões de Artes Visuais da Bahia, Casa Amarela, Barreiras, Brasil
  • 2020 – 7º Prêmio EDP nas Artes, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil

Residências

  • 2023 – Proyecto URRA, Argentina
  • 2022 – Pivô Pesquisa, Pivô, São Paulo, Brasil
  • OFÍCIO, Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto, Brasil

Coleções

  • Museu de Arte Moderna da Bahia, Bahia, Brasil
  • Fundação Cultural do Estado da Bahia, Brasil
  • Museu de Artes Plásticas de Anápolis, Brasil

 

Felipe Rezende - O último buritizeiro

7º Prêmio EDP nas Artes

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