TINTA, mostra de maneira dinâmica e questionadora, diálogos e relações devidamente alinhadas formalmente e conceitualmente abrindo desta forma, um espaço para uma discussão advinda da lembrança de que não há nada como uma pintura e seu frescor; para dar início a uma instigante e saudável discussão.
Desta forma, TINTA, vem também como uma boa oportunidade para vermos artistas de diferentes países e lugares, que compartilham entre si um trabalho de pesquisa e questionamentos através da pintura figurativa e representativa, colocando em pauta o assunto no meio da arte e suas experiências atuais.
Felipe Cama (Brasil) questiona através de um livro de estudos de arte e suas ilustrações, as próprias telas retratadas, e as reproduz no tamanho mostrado, causando um estranhamento e indicando uma inevitável massificação nos dias de hoje.
Sandra Gamarra (Peru), transforma a apropriação em crítica através da experiência como produto final na arte contemporânea, que para alguns, hoje em dia, é dada através de reproduções somente.
Rigo Schmidt ( Alemanha ), trabalha com pequenos formatos que mostram através da tradicinal escola de Leipzig, peças que contém uma aura densa como se ainda houvesse a cortina de ferro.
Paulo Almeida (Brasil), seu dinamismo chega a ser subversivo.A cada nova exposição o artista cria outra tornando assim uma peça em eterna mutação, como se os tradicionais selos e certificados de exposições fossem expressos na própria pintura.
Michael Kalki (Alemanha ), mostra em suas pinturas corpos fragmentados colcados em diferentes ambientes e paisagens. Seu distorcido e exagerado tabalho,tem mais do que uma função representativa, ele reflete os conflitos de indivíduos entre seus desejos e o espaço limitado para realizá-los.
Neil Rumming (Inglaterra), apropria-se de símbolos, imagens e estilos, de um grupo imaginário criado a partir de um trajeto surreal através de suas pinturas expressivas.
Não menos surreal, mas provavelmente mais provocativo e sonhador, é o trabalho de Gabriel Acevedo Velarde (Peru), cujas aquarelas são frutos de seu universo íntimo. Já as obras de Kristina Salomoukha (Ucrânia) e Ana Paula Lobo ( Brasil) , mostram referências de formas distintas, dos contrastes e acontecimentos urbanos. Tanto os cubos de Ana Paula, com imagens fragmentadas e rítmicas das cidades, como nas aquarelas de Kristina que transformam rodovias, viadutos e entroncamentos em paisagens suaves, cheias de vida e cor.
Os artistas Paulo Almeida, Ana Paula Lobo, Felipe Cama (brasileiros), Gabriel Acevedo Velarde (Mexico) e Michael Kalki (Alemanha ), estarão presentes na abertura.