Galeria Leme apresenta “Nowhere is a Place”, a segunda exposição individual do artista alemão Frank Thiel.
O título da exposição é retirado de um livro co-escrito por Bruce Chatwin e Paul Theroux, em 1992, baseado em suas impressões da Patagônia.
Thiel experimentou (há 15 anos atrás e pela primeira vez) a beleza crua e intemporal de uma das mais puras, antigas e únicas paisagens do planeta. Em 2011 e 2012, ele retornou à Patagônia em várias visitas, para criar este novo corpo de trabalho no qual vira a câmera sobre as enormes formações de gelo glacial no Parque Nacional Los Glaciares na Patagônia, Argentina, que faz parte do Campo de Gelo Patagônico do Sul, a terceira maior geleira do mundo.
As imagens resultantes são uma meditação assombrosa da majestade e resistência, bem como da fragilidade e inerente ameaça de extinção, destes sublimes “edifícios” congelados.
Thiel captou infinitas variações de azuis, cinzas, carvões e brancos nas superfícies altamente texturizadas e densamente detalhadas destas “paredes” simultaneamente fascinantes e ameaçadoras. Formas que parecem quase sobrenaturais, picos, penhascos e estruturas de gelo, com milhares de anos de idade, muito mais antigas do que qualquer construção humana. Linhas infinitas gravadas pelo tempo em paredes de gelo majestosas, que se erguem centenas de metros acima do Lago Argentino e de seus arredores de montanhas e vales.
Inspecionando esta arquitetura orgânica com o seu olho sensível ao detalhe e composição, com um foco quase arqueológico e um senso pictórico de abstração e cor, Thiel espalha seus 20 anos de envolvimento duradouro com temas de temporalidade, decadência e transformação (encontrados na rápida evolução da pós-unificação da topografia urbana de Berlim) sobre o ritmo mais pesado da pré-história.
Sobre o artista:
Frank Thiel (Kleinmanchnow, Alemanha, 1966) vive em Berlim.
O trabalho de Thiel está em coleções de grandes museus internacionais , incluindo: Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía , Madri, Espanha; Moderna Museet, em Estocolmo, Suécia; Centro Galego de Arte Contemporánea, Santiago de Compostela, Espanha; Art Gallery of Ontario, Toronto, Canadá; Hirshhorn Museum and Sculpture Garden, Washington DC, EUA; Fotomuseum Winterthur, Suíça; Hamburger Bahnhof, Museum für Gegenwart, Berlim, Alemanha; Museu Moderner Kunst, Stiftung Ludwig Wien, Viena, Áustria; Galeria Nacional do Canadá, em Ottawa; Musée de l’ Elysée, Lausanne, Suíça; A Coleção Phillips, Washington DC, EUA; Corcoran Gallery of Art , Washington DC, EUA.
Além da 48ª Bienal de Veneza, Itália e 14ª Bienal de Sydney, na Austrália, Thiel foi incluído em exposições no Museu de Arte Mori, Tóquio , Japão; Museu de Arte de Portland, EUA; Austin Museum of Art, EUA; Museu de Arte de Phoenix, EUA; Bass Museum of Art, Miami, EUA; P.S.1 Contemporary Art Center, Nova Iorque, EUA; Museo Nacional de Bellas Artes, Havana, Cuba; Centre Pompidou-Metz, França; Centre National de la Photographie, Paris, França; Neue Nationalgalerie, Berlim, Alemanha; Museo Jacobo Borges, Caracas, Venezuela, entre outros.
No Brasil suas obras foram mostradas na XXV Bienal de São Paulo; Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro; SESC Paulista, São Paulo; IV Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre; Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília; Centro Cultural Oi Futuro, Rio de Janeiro; SESC Pompéia, São Paulo e Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto.