A artista peruana radicada na Espanha, idealizadora e fundadora do museu fictício e virtual LiMac, apresenta “Mantos”, sua terceira exposição individual em São Paulo. Serão expostas 14 pinturas sobre tela, 2 series sobre papel, 10 tecidos e um vídeo.
A arte pode ser usada para construir e reconstruir uma história pessoal, além da verdade histórica?
Reunindo diversas referencias da história da arte e do imaginário familiar, a artista cria uma composição na qual as obras são incorporadas e recontadas em seu relato.
A partir das mantas confeccionadas pela avó da artista, de origem oriental, e utilizando a pintura, o tecido e o vídeo como meios desta narrativa, a exposição apresenta uma relação entre a arte contemporânea através da recriação de obras de artistas minimalistas, como Robert Mangold, Mark Rothko, Barnett Newman, Ad Reinhardt, dentre outros, a arte pré-colombiana, utilizando composições geométricas de tecidos típicos Peruanos, e a estética japonesa, só para depois desconstruí-lo de uma perspectiva intimista e pessoal.
A exposição é uma grande colagem, onde a imagem é apropriada pela pintura (característica da obra da artista), os tecidos e a narrativa são combinados, num trabalho em parceria com a escritora Ximena Briceño.
As obras apresentadas nesta exposição estão organizadas como em um museu de história, passo a passo o visitante participa de um relato em que as imagens apresentam provas contundentes da veracidade da história.
O autoconhecimento é a idéia central da exposição, onde costuramos e descosturamos nossa própria imagem.
Sobre a artista:
Sandra Gamarra nasceu em Lima, Peru, em 1972. Atualmente, vive e trabalha em Madri. Entre suas principais exposições estão “Fiction and Reality”, MMOMA, Moscou, Rússia (2011); 29ª Bienal Internacional de São Paulo, Fundação Bienal, São Paulo, Brasil (2010); 53ª Esposizione Internazionale d’Arte, Bienal de Veneza, Itália (2009); Panorama da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), Brasil (2009); “Pipe, Glass, Bottle of Rum: The Art of Appropriation”, Museum of Modern Art, Nova York (2008); “Trópicos”, Martin-Gropius-Bau, Berlim (2008); “Relíquias e Ruínas”, SescSP, São Paulo (2008); “Located Work Project”, coordenado por Joseph Kosuth, La Casa Encendida, Madri (2008); “Existências – Colección MUSAC”, Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y Leon, León (2007); “Urbe y Arte”, Museo de la Nación, Lima (2006); “Still Life”, Museo de Arte de Lima, Madri (2005); e “Emergencias”, Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León, León (2005). Sandra tem sua obra em coleções privadas e públicas como MoMA, Tate, Musac, Mali e LiMac.