Ana Elisa Egreja

23/11/2013 - 18/01/2014

Em sua primeira exposição individual na Galeria Leme, Ana Elisa Egreja apresenta uma série de novos trabalhos que dão continuidade à sua investigação de espaços internos e ao seu imaginário construído através de símbolos e padrões.

Com foco cada vez maior nos ambientes, Ana Elisa pintou interiores partindo de imagens de casas e outros lugares inóspitos e abandonados, e os transformou em espaços repletos de narrativas através de seu primor técnico e paleta vibrante.

Estas narrativas são indicadas pelos pequenos objetos que aparecem nas telas e pelas ligacões possíveis entre elementos desconexos, normalmente oriundos de diversos países e épocas, que ela faz conviver na pintura, como numa grande colagem. Cada tela apresenta um mundo diferente. Ora o que seria uma crônica humorística, ora um conto de realismo fantástico dos mais delirantes. Ana Elisa segue provocando o espectador em busca de pistas para encaixar uma narrativa de múltiplas possibilidades.

A pintora busca, através da luz, cores e ornamentos, criar ambientes que transmitam ao espectador uma sensação utópica de harmonia, beleza e conforto, e acaba por criar lugares irreais.

Em sua produção recente é notável a profusão de vidros, nos quais a artista exerce precisa e delicadamente sua técnica pictórica para criar a sensação visual de vitrais muito próximos aos reais, os quais a luz parece atravessar. Em alguns momentos pintando vitrais com pinceladas espessas, e outros pintando vidros martelados com pincéis minúsculos, Ana Elisa consegue imprimir na tela as intrincadas formas e fachos de luz que cada espécie de vidro transmite.

Nesta série, a artista voltou-se para a arquitetura e migrou de revestimentos rococós para um momento mais geométrico, deixando as telas mais vazias e tendo como referencia, alem dos vidros, os azulejos de desmanche, de padronagem antiga e de Athos Bulcão.

Nesta mesma data acontecerá o lançamento do livro da artista, também na Galeria Leme, com uma extensa entrevista com a jornalista Juliana Monachesi e texto crítico de Tiago Mesquita.

Sobre a artista:

Ana Elisa Egreja (São Paulo, 1983). Vive e trabalha em São Paulo.

Entre suas exposições destacam-se as individuais Dark Room, Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro, Brasil (2010) e Temporada de Projetos, Paço das Artes, São Paulo, Brasil (2010) e as coletivas Seven Artists from São Paulo, CAB Contemporary Art, Bruxelas, Bélgica (2012); Os Dez Primeiros Anos, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil (2011) e Vestígios de Brasilidade, Espaço Santander, Recife, Brasil (2011).