A Galeria Leme tem o prazer de anunciar “De mim para nós”, a segunda exposição individual do artista Jaume Plensa em seu espaço. Apresentando três esculturas em grande escala, a exposição estará em exibição de 1º de abril a 10 de maio de 2025.
Plensa nasceu em Barcelona, Catalunha, local onde estudou arte, na Escola de Llotja e na Escola Superior de Belles Arts de Sant Jordi.
Jaume Plensa mantém uma longa relação com o Brasil, tendo visitado o país pela primeira vez em sua juventude, quando criou uma forte conexão com o mar e a espiritualidade local. Desde então, realizou instalações públicas na Enseada de Botafogo, no Rio de Janeiro, e em Porto Alegre, durante a 13ª Bienal do Mercosul. Em 2022, Plensa teve sua primeira exposição institucional individual no Brasil, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.
“De mim para nós” explora nossa conexão com os espaços comunitários e a introspecção pessoal, expandindo-se da solidão do “eu” para o coletivo “nós”.
Posicionada na entrada da galeria, “Self Portrait V” estabelece uma conexão entre o espaço interno da exposição e o mundo exterior. Nesta escultura de aço inoxidável, uma figura humana está envolta por uma esfera de letras, criando um universo metafísico que representa o cosmos e a multiplicidade de mundos e palavras que podem emergir de uma única sequência de letras.
Ao entrar na exposição, o visitante se depara com “Blue Hermit”, uma escultura de bronze representando um homem agachado sobre uma rocha. A figura encarna o isolamento, fechada dentro da noção de si mesma. Plensa descreve essa obra como “um indivíduo no meio de um fluxo de comunidades, mas sem qualquer contato.” O artista trabalha frequentemente com alfabetos, tratando-os como uma partitura visual—como notas musicais que, em vez de sons, formam palavras e frases, construindo pontes entre o silêncio e o outro.
Em contraste, “Rui Rui’s Words”, parte da recente exploração de Plensa em esculturas suspensas, apresenta o rosto de uma jovem com o dedo pressionado contra os lábios, um símbolo de silêncio e contemplação. Esse gesto convida o público a uma pausa e reflexão. No espaço da galeria, as duas esculturas estabelecem um diálogo silencioso—uma imersa no silêncio, a outra clamando por ele. As paredes de concreto da galeria evocam um ambiente de proteção e clausura, enquanto as obras de Plensa sugerem diferentes formas de se relacionar com essa atmosfera quase catedralícia, acolhendo e convidando à contemplação.
Artista reconhecido internacionalmente como um dos principais escultores contemporâneos da atualidade. Ao longo dos últimos 35 anos, ele criou esculturas e instalações que conectam indivíduos por meio da espiritualidade, do corpo e da memória coletiva.
Literatura, psicologia, biologia, linguagem e história têm sido elementos fundamentais ao longo de sua carreira. Utilizando uma ampla gama de materiais, como aço, ferro fundido, resina, cera de parafina, vidro, luz, água e som, Plensa confere peso e volume físicos a componentes da condição humana e do efêmero.
O cerne de sua prática artística reside na busca contínua pela beleza na simplicidade, incentivando pontos de convergência para os espectadores de suas obras, que vão desde marcos arquitetônicos que conectam comunidades locais até esculturas intimistas. A longa trajetória de Plensa na criação de obras voltadas para o espaço público—presentes em diversas partes do mundo, de Seul a Dubai—origina-se de sua crença no poder da arte em espaços públicos como um meio de gerar experiências inclusivas e transformadoras para um público amplo e diversificado.