Who’s afraid of Red, Yellow and Blue Sebastiaan Bremer

08/05/2013 - 08/06/2013

A Galeria Leme apresenta a exposição individual “Who’s Afraid of Red, Yellow and Blue” do artista Sebastiaan Bremer. A exposição, caprichosamente intitulada, traz colagens fotográficas de pequena escala nas quais Bremer interfere com diferentes tipos de mídia.

O título da exposição faz referência à pintura homônima de Barnett Newman, ícone da Arte Moderna que, em 1986, foi cortada com um estilete e irreparavelmente destruída durante o período no qual esteve exposta no Stedelijk Museum, em Amsterdã. Os novos trabalhos de Bremer, que literalmente arranham a superfície de mestres modernistas, dialogam com este legado de destruição, porém utilizando sua técnica de corte como um meio de adentrar e se engajar com as pinturas e fotografias originais. Ao invés de se estabelecerem como crítica, os trabalhos herdam as linhas e pinceladas de artistas de épocas anteriores com a intenção de criar algo novo, ultrapassando os limites de estilo e tempo.

Neste novo corpo de trabalhos Bremer utiliza sua técnica característica de pintar e arranhar sobre fotografias de sua autoria, mas também agrega novos processos, tanto na imagem como em sua maneira de interferir. Colagens em sentido amplo, com o empenho de uma maior variedade de ferramentas, mídias e referências artísticas, são agora objetos de seu olhar artístico.

Nestes trabalhos o artista montou, digitalmente, em camadas, imagens de nús e interiores de estúdios feitos por Bill Brandt e Brassaï, partes de pinturas de Picasso e Matisse, e suas próprias fotografias. Nestas colagens Bremer utilizou caneta, tinta, nanquim e faca, cortando através da emulsão enquanto as marcas de desenho e pintura pareciam se espremer para dentro das obras. Um nu de Brandt, por exemplo, se integra com as faces de duas mulheres pintadas por Picasso; sobreposta com nanquim e cortes de faca, a nova mulher configurada exala poder, reminiscente da Deusa Ísis e da Vênus de Willendorf. As marcas feitas por Bremer diminuem as fronteiras entre suas diversas fontes de referência, a união de múltiplas camadas, estilos e formas de expressão.

Sobre o artista:

Sebastiaan Bremer (Amsterdam, 1970). Vive e trabalha em Nova Iorque, EUA.

Suas exposições recentes incluem: “Eyes”, Edwynn Houk Gallery, Zurique, Suíça (2012); “Egmont Revisited”, Hales Gallery, Londres, Reino Unido (2012); “Nudes and Revolutions”, Edwynn Houk Gallery, Nova York, EUA (2011) e ‘Invasões Holandesas”, Galeria Leme, São Paulo, Brasil (2010). Seu trabalho está nas coleções do Museum of Modern Art (Nova York), Victoria & Albert Museum (Londres) a Los Angeles County Museum of Art, entre outras, e já foi exibido em exposições coletivas que incluem “Photography is Magic!”, Daegu Photo Biennale, Daegu, Coreia (2012); “Contemporary Magic: A Tarot Deck Art Project”, Warhol Museum, Pittsburgh, EUA (20011); “Re-Acession: For Sale by Owner”, FLAG Art Foundation, Nova York, EUA (2009); “The Photograph as Canvas”, The Aldrich Museum of Contemporary Art, Ridgefield, Connecticut, EUA (2007)”; “Pin-Up: Contemporary Collage and Drawing”, Tate Modern, Londres, Reino Unido (2004); e“Curious Crystals of Unusual Purity”, MoMA PS1, Nova York, EUA (2004).